
Sobre
Marcia Martins
Olá, sou Marcia Martins, psicanalista e mestra em Ciências da Saúde.
Atuo como psicanalista clínica.
Sou voluntária no "Grupo Flores a Ser", onde ofereço atendimento psicanalítico a gestantes em situação de vulnerabilidade social. Sempre em busca de novos desafios e oportunidades de aprendizado, sinto-me honrada em contribuir para a promoção da saúde e do bem-estar das pessoas.
Cada pessoa traz uma história única e uma jornada de autodescoberta. É um privilégio para mim, como psicanalista, participar desse processo e ajudar meus pacientes a encontrar seu próprio caminho para o bem-estar e a autenticidade.
Visão: Contribuir para a transformação positiva da sociedade por meio da psicanálise, promovendo saúde e bem-estar.
Missão: Promover a saúde e o bem-estar das pessoas, por meio da psicanálise, oferecendo suporte e acolhimento a todos que procuram ajuda.
Valores: Empatia, Respeito e Responsabilidade Social.
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01.
Psicanálise
Psicanálise- Você conhece?
Estamos em um tempo em que algumas palavras se tornaram parte do nosso cotidiano: depressão, síndrome do pânico, crise de ansiedade, transtorno bipolar, suicídio, entre outros transtornos e síndromes. Sentimentos e sensações que não conseguem ser expressos em palavras apenas; angústia e dor que não têm nome. Mas para essas aflições existe acolhimento e ajuda. O que é necessário é dar o primeiro passo. Eis que surge a psicanálise como uma das ferramentas terapêuticas no tratamento dessas patologias. A psicanálise é um método desenvolvido por Sigmund Freud no ano de 1890, para tratar os distúrbios psíquicos a partir da investigação do inconsciente por via da “associação livre”. O psiquismo humano guarda sentimentos reprimidos que ao longo da vida causam sofrimento psíquico. O processo analítico ocorre através de sessões semanais, no qual o vínculo afetivo é estabelecido na relação paciente e analista; vínculo esse que é baseado na relação de confiança e respeito construído a cada sessão. A análise pessoal permite ao paciente conhecer as causas de seu sofrimento, e a partir dessa conscientização poderá dar um novo sentido às dores que carrega consigo. O processo de ressignificação permite ao paciente ter um olhar consciente sobre a sua história de vida, e através de suas reflexões terá a opção de fazer mudanças de forma criativa para viver com qualidade e produzir dentro de suas possibilidades.
02.
Saúde Mental
Vivemos em busca de justificativas para não fazer algo por nós, seja por falta de tempo, dinheiro, motivação entre outras. As desculpas são diversas o fato é que muitas vezes estamos ocupados cuidando de alguém (do outro) e nos anulamos. Dessa forma esquecemos também que para cuidar de alguém, precisamos estar bem. Ao ouvir o nome saúde mental é comum as pessoas associarem a doença mental. Quando na verdade é o contrário, é a busca pelo bem estar individual e coletivo; conseguir aceitar e reagir de forma positiva às frustrações causadas pelas exigências que a nossa vida cotidiana nos impõe.
Existem varias formas de termos saúde mental: pratica de bons hábitos alimentares, dormir bem, praticar exercícios físicos, esportes, meditação, terapia, família, natureza, dança, fotografia, amigos enfim a lista é vasta. È importante que cada pessoa encontre uma forma de obter saúde mental “bem estar” praticar o autocuidado.
A minha dica é dance, dance e dance muito permita que a poesia que vem da musica preencha a nossa alma de amor, luz, leveza e paixão em viver!!
03.
Família
Que as configurações familiares mudaram ao longo da história isso é um fato, na verdade é algo que sempre existiu, mas como muitos tabus na nossa sociedade não eram falados, tinha que ser silenciado, o formato “mãe+pai +filhos caiu por terra há alguns anos. È comum encontrar nas famílias aqueles temas ou assuntos guardados por anos é que é proibido falar. Como diz o nosso bom e velho português é melhor fazer vistas grossas. Sim ainda existem muitos assuntos que não podem ser falados dentro de casa. Na psicanálise sabemos que o silêncio é uma forma de se comunicar, da mesma forma que o corpo também é uma via de expressão.
A discussão envolta da necessidade que em algum momento da vida uma humana o homem busca fazer parte de grupo na sociedade e algo antigo, isso tem maior força durante adolescência fase de descobertas, desenvolvimento de muitos encontros e desencontros. Mas a questão aqui é quando não nos encaixamos dentro da nossa família.
Quando as paredes dos cômodos das casas vão além do concreto “tijolos” e chega à barreira emocional, onde o silêncio é a única via de comunicação, proteção e refúgio. Um quarto de uma casa pode ter vários sinônimos que vão desde abrigo, descanso, esconderijo, proteção, isolamento, socorro entre outros. È comum no discurso de pais de adolescentes a queixa que o filho passa muito tempo dentro do quarto, e que isso os deixam preocupado. A partir de uma sessão de terapia em grupo a questão do silêncio imposto pelas paredes de uma casa me chamou atenção. O quanto pode ser difícil estar no papel dos pais e do filho que não consegue lidar com as suas questões emocionais e os problemas dentro de casa. Sendo muitas vezes as paredes uma forma de manifestação que essa família tem um “sintoma” que é de todos.
O quanto uma convivência em um lar onde não existe troca, dialogo, partilha, olhar pode esconder a solidão, o medo, abandono e as lagrimas. Nem sempre o nosso lar/casa é o melhor lugar do mundo nem sempre ele vai fazer o papel de nos proteger e acolher.
Freud na frase “Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai”. Expressa a importância da necessidade de proteção que a criança e podemos dizer também um adolescente precisa para conseguir alcançar a vida adulta de uma maneira minimamente saudável psiquicamente dentro de suas possibilidades.
Educar é trabalhoso, conceber uma criança é algo lindo, contudo esta bem longe de ser esse romantismo todo que cerca a chega do “bebê”. A maternidade e paternidade da vida real têm a ver com função materna e paterna, que essa é 24hs, uma vez que se têm um filho o cuidar, orientar, educar e se preocupar vão existir pelo menos até que eles possam ter a capacidade de serem responsáveis pelas suas escolhas. O que todo filho precisa além dos cuidados que fazem parte das necessidades de sobrevivência de uma criança é afeto, palavra, olhar, tempo, respeito entre tantos sentimentos que são subjetivos a cada sujeito.
Imaginar que a maior prisão e opressão podem estar dentro de casa, possibilita levar os filhos para lugares muitos ruins, desde desistência da própria vida, relacionamentos abusivos, drogas, álcool, perigos na internet. Uma porta trancada pode ser um pedido de socorro ter a chave para abrir pode ter um ato de amor.