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Sublimação e Dança "condutor (a) e conduzido (a)"

  • Foto do escritor: Marcia Martins
    Marcia Martins
  • 26 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de set. de 2022

Na busca de unir minhas duas paixões à dança e a psicanálise encontrei a minha sublimação. Diante desse contexto construí uma analogia sobre esses dois universos, que se comunicam nos seus aspectos distintos. Em um exercício criativo onde o condutor seria o aparelho psíquico e o conduzido o corpo. Não importa de quem é esse corpo - da histérica, do obsessivo, do narcisista, ou do perverso; cada um, dentro desse corpo que dança pode desempenhar os mais diversos papéis. O casal-(condutor (a) / conduzido (a) representam a relação entre o analista e analisando. O conduzido-analisando precisa confiar no condutor-analista e se permitir a arriscar e ousar nos passos e movimentos. O setting analítico seria o palco-sala de aula; onde o aluno-analisando tem permissão de se expressar sem censura ou julgamento; existe uma autorização para se mostrar e falar de si, de uma forma despojada. O analista-professor tem o desafio de tirar do analisando-aluno o seu melhor. E ajudá-lo a lidar como as suas limitações e frustrações e se deparar com aquilo que é possível. Além de trabalhar a resistência e implicá-lo em suas responsabilidades e possibilidades. Na vida adulta o sujeito assume vários papéis, e o corpo se torna palco de experiências e vivências indenitárias. O corpo no processo de aprendizado é levado ao esgotamento por meio da repetição; que exige um corpo presente. A repetição cerca a vida do sujeito seja na dança ou na vida psíquica. A resistência que atua dentro do setting também é vista na sala de aula, uma vez que o analisando-aluno se coloca na cena de forma mecânica. E ocorre uma não existência nem de dança, nem de análise, apenas conversa e movimentos sem presença. Assim tanto o processo analítico e a dança exigem do analisando-aluno uma “presença viva”, o desejo de ser e de reconhecer-se enquanto sujeito “singular”, em um processo de repetição exaustivo de encontro e desencontro.











 
 
 

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